quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Nem me perguntes o que se passa comigo


R: teu texto está confuso 
E: está confuso porque? 
R: porque não dá para perceber se tens esperança e vais esperar por mim, se já não me amas, ou se estás a esquecer-me ou se já desististe, tem muitos sentimentos misturados
E: era essa a minha intenção misturar todos os meus sentimentos que sinto hoje e tornar o texto num segredo meu
R: mas eu tenho o direito de saber
E: tens o quê? 
R: o direito de saber
E: porque havias tu de ter esse direito?
R: porque é dirigido a mim
E: e senão for dirigido a ti?
R: mas tu só escrevias para mim
E: estás enganado, eu nunca escrevi para ti, eu escrevi sobre os meus sentimentos e esses sentimentos fazias tu parte, mas antes de ti já eu escrevia, e não não tens direito nenhum
R: e não tenho porque? 
E: ainda perguntas?
R: pergunto porque não sei 
E: tu melhor que ninguém sabes 
R: então diz-me
E: queres mesmo que te diga? Não irás gostar
R: sim quero que digas
E: tu perdeste o direito de tudo no dia em que te enrolaste com outras, e disseste a elas que não me amavas, que não sentias nada por mim, e que eu era igual ás outras, desde o dia em que tudo o que dizias não era verdade, e me castigaste com as tuas mentiras perfeitas, perdeste o direito no dia em que disseste me que não podias voltar para mim, no dia me que me disseste que já me tinhas esquecido, lembra-te foste tu que sais-te da minha vida, foste tu que me enganaste, foste tu que me traíste, foste tu que me mentiste, mas até te elogio no fim disso tudo és um belo actor. 
R: estás a querer dizer que o nós já não existi mais?
E: o nós nunca existiu para ti, só existiu para mim, tu nunca quiseste que o nós existisse porque se quisesses não me mentirias, não me trairias, não fazias me chorar, não me causavas esse sofrimento todo
R: desculpa
E: já é tarde para desculpas, as tuas desculpas não irão apagar o sofrimento que causaste, não irão apagar nada, é só mais uma forma tua de mentires fingindo estares arrependido, mas não estás porque foste logo ter com outras enquanto continuavas a mentir-me dizendo que me amavas, e continuavas com as tuas falsas promessas, nunca te cansaste? 
(o silêncio fez-se sentir)
E: e sabes porque agora não me respondes? porque tu és um sacana e um cobarde que só sabes fazer as pessoas sofrerem e depois foges, vais procurar logo a próxima vítima, és como um assassino está sempre à procura de novas vítimas para matar, mas só que tu não matas, tu causas sofrimento e dor. 
R: tenho saudades tuas
E: não mintas mais, para já chega estou farta de ouvir as tuas mentiras, tu não vales nada, agora deixa-me em paz, e segue com a tua vida a magoar as pessoas, mas eu não cairei mais nas tuas mãos nem nas tuas palavras de engate, por isso adeus e faz me o favor de nunca mais pronunciares o meu nome, e nunca mais vires atrás de mim, já encaixotei todas as tuas coisas, e juntamente meti lá as «nossas» fotografias, pensei quereres elas para tu meteres no quadro de «Miudas comidas e que caíram nas minhas mãos», ou senão queima-as todas uma a uma, será o melhor porque nem quero que olhes mais para as minhas fotografias ou para que algo que seja meu. E mais nunca mais voltes a falar de mim e tu como nós, porque isso nunca existiu .
 Adeus

Sem comentários:

Enviar um comentário

me ;)

me ;)
Sou cheia de manias. Tenho carências insolúveis. Sou teimosa. Hipocondríaca. Raivosa, quando sinto-me atacada. Não como cebola. Só ando no banco da frente dos carros. Mas não imponho a minha pessoa a ninguém. Não imploro afeto. Não sou indiscreta nas minhas relações. Tenho poucos amigos, porque acho mais inteligente ser seletivo a respeito daqueles que você escolhe para contar os seus segredos. Então, se sou chata, não incomodo ninguém que não queira ser incomodado. Chateio só aqueles que não me acham uma chata, por isso me querem ao seu lado. Acho sim, que, às vezes, dou trabalho. Mas é como ter um Rolls Royce: se você não quiser ter que pagar o preço da manutenção, mude para um Passat.