Tenho medo, tenho inseguranças constantemente, não sou capaz
de as controlar, não sou capaz de dizer “não venhas insegurança, não venhas
medo”, ele vem mesmo quando menos o desejo, mesmo quando se torna inconveniente
e me impede de viver com um sorriso na cara.
Uma vez disseram: “tens de confiar para ser feliz”,
confiança que palavra tão complexa e tão difícil de concretizar.
Eu é que me perdi e agora tento procurar-me no meio da
solidão, alguém que agarre a minha mão, agarra a minha mão.
Sou como duas metades que se completam, sou dois opostos que
podem chocar e aí eu perco, perco o “eu”, perco o sorriso e a esperança, correm
as lágrimas e os olhos ardem com esta mágoa.
Deixem-me viver, deixem-me sorrir, deixem-me gritar quando
quero gritar, não me tapem a boca com as vossas mãos sujas de mentiras e
ilusões, deixem-me cantar mesmo quando não querem ouvir, eu não vos pedi que
ouvissem, pedi que não me interrompessem e me deixassem, deixassem sozinha
comigo, que me deixassem correr, saltar, pular e querer desistir a toda a hora
e logo a seguir levantar-me e dizer “agora vou lutar”, só quando cair vou
conseguir ter forças, só quando cair vou saber onde estou eu e o que vou querer
a seguir.
Sabes? Já caí algumas vezes e sempre me levantei, porque me
deram a mão, me deram um braço, e me deram a força que eu não tinha.
Metade de mim é partida e a outra metade saudade!
Segura-me, protege-me, cuida-me. Eu prometo segurar-te,
proteger-te e cuidar de ti como mereces que cuide!
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