sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

sussurro, guarda-o


Tenho medo, tenho inseguranças constantemente, não sou capaz de as controlar, não sou capaz de dizer “não venhas insegurança, não venhas medo”, ele vem mesmo quando menos o desejo, mesmo quando se torna inconveniente e me impede de viver com um sorriso na cara.
Uma vez disseram: “tens de confiar para ser feliz”, confiança que palavra tão complexa e tão difícil de concretizar.
Eu é que me perdi e agora tento procurar-me no meio da solidão, alguém que agarre a minha mão, agarra a minha mão.
Sou como duas metades que se completam, sou dois opostos que podem chocar e aí eu perco, perco o “eu”, perco o sorriso e a esperança, correm as lágrimas e os olhos ardem com esta mágoa.
Deixem-me viver, deixem-me sorrir, deixem-me gritar quando quero gritar, não me tapem a boca com as vossas mãos sujas de mentiras e ilusões, deixem-me cantar mesmo quando não querem ouvir, eu não vos pedi que ouvissem, pedi que não me interrompessem e me deixassem, deixassem sozinha comigo, que me deixassem correr, saltar, pular e querer desistir a toda a hora e logo a seguir levantar-me e dizer “agora vou lutar”, só quando cair vou conseguir ter forças, só quando cair vou saber onde estou eu e o que vou querer a seguir.
Sabes? Já caí algumas vezes e sempre me levantei, porque me deram a mão, me deram um braço, e me deram a força que eu não tinha.

Metade de mim é partida e a outra metade saudade!

Segura-me, protege-me, cuida-me. Eu prometo segurar-te, proteger-te e cuidar de ti como mereces que cuide!

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me ;)

me ;)
Sou cheia de manias. Tenho carências insolúveis. Sou teimosa. Hipocondríaca. Raivosa, quando sinto-me atacada. Não como cebola. Só ando no banco da frente dos carros. Mas não imponho a minha pessoa a ninguém. Não imploro afeto. Não sou indiscreta nas minhas relações. Tenho poucos amigos, porque acho mais inteligente ser seletivo a respeito daqueles que você escolhe para contar os seus segredos. Então, se sou chata, não incomodo ninguém que não queira ser incomodado. Chateio só aqueles que não me acham uma chata, por isso me querem ao seu lado. Acho sim, que, às vezes, dou trabalho. Mas é como ter um Rolls Royce: se você não quiser ter que pagar o preço da manutenção, mude para um Passat.